maio 27, 2013

Vamos lá dissecar o fim-de-semana Parte III (O Benfica)

O que dizer? Perdemos novamente. Começámos por ganhar, tentámos segurar a magra vantagem de um golo (ainda por cima marcado sem saber ler nem escrever) e acabámos por perder a última competição que nos faltava, das três onde estávamos na corrida.
Correu tudo mal a meu ver. Começando pelo facto de termos perdido, passando por nos termos pegado à porrada em frente a Portugal inteiro, não só a equipa com o treinador mas também os adeptos entre si, jogámos mal... enfim, o pleno.
Dizer que estou triste não será bem o termo. Estou mais... lixada.

Algumas considerações:

1º Adoro o Jesus – mil vezes o Jesus bronco do que o vitor pereira armado ao pingarelho. (Como o meu rival directo nas competições deste ano  é o fcp é deste que falarei, fique desde já claro).
De facto a “espécie de treinador” vitor pereira, é daquelas pessoas que não se compreende como é que não está a limpar sanitas num centro comercial e está a treinar um clube como o fcp. O Jesus é bronco, fala mal, tem aquele ar de rufia de Chelas e tal, mas é... o Jesus! Tem carisma! O gajo em dias bons move multidões! 
Já este vitor pereira (nem consigo escrever o nome do homem com maiúsculas, pá)  é fraco. Não tem qualquer talento como treinador, carisma é um adjectivo que JAMAIS lhe poderá ser atribuído, quando as coisas lhe correm mal, faz aquilo que qualquer adepto que goste realmente de bola, teme ver o seu treinador fazer - sacode a água do capote como gente grande, começa a disparar para tudo o que se move quando perde, ou o adversário ganha, nunca assumindo a sua responsabilidade no processo, e depois... tem aquela figura e aquela cara de... saloio desgraçadinho que não se aguenta! Nada a fazer.
Só se explica que tenha ganho o campeonato porque tem uma estrutura muito bem montada num clube que tem mérito, jogadores esforçados que nunca desistem e que lhe ofereceram o campeonato de bandeja:  - toma lá o campeonato, ganho POR NÓS e por nós exclusivamente, porque se formos esperar que tu nos treines e nos dês as tácticas, nem numa distrital ganharíamos.

2º Adoro o Cardozo – esteve muito mal no Jamor com aquela atitude de bad boy crazy mother fucker, mas adoro o Cardozo. Aquilo para mim foi ao mesmo tempo uma manifestação desnecessária (esperava por chegar ao balneário e aí até podiam andar à pera que eu queria lá saber) e uma manifestação de Benfiquismo. Só um jogador que tem amor à camisola se importa de perder mais uma final e perde as estribeiras daquela maneira em frente a milhões de espectadores. Só por isso, ele, que já merecia o meu apoio e incondicional admiração, foi imediatamente ilibado no meu “tribunal”.
Jamais me ouvirão dizer mal dos meus jogadores ou treinador. Antes, estou agradecida pelas alegrias que me dão – quem me conhece sabe que esta é a minha máxima. Quem já me “leu” no FB a mandar calhaus ao treinador ou jogadores quando a coisa correu menos bem, pode vir falar comigo.

3º Não adoro os adeptos do fcp – são convencidos, bairristas, irrascíveis e têm uma dor de corno quando não estão a ganhar tudo, que é obra. Compreendo que este ano tenha sido difícil para eles. Não por não estarem a ganhar nada mas por ser o Benfica a estar no posição de poder vir a ganhar. Vamos lá a ver, o fcp não tem adeptos. O fcp tem anti adeptos benfiquistas. E não sou eu quem o diz, são eles próprios com os comentários que colocam em todo o lado. Depois, lá metem de vez em quando umas alusões ao grande porto, mas não é isso que os move. Eu, ficaria triste, caso tivesse esta massa associativa e estes adeptos tão desprovidos de amor ao clube, mas não há grande coisa a fazer eu acho... nem consigo entender, porque venho de um sítio completamente diferente, como bem sabem, dada a minha cor clubística e dada a disparidade tão grande na forma de viver o clube. Mas sinto pena... porque apesar de tudo, reconheço que o fcp é um grande clube, sim senhor. Não tem é adeptos que vibrem por ele (lá está, estão muito ocupados a odiar os encarnados), mas não deixa de ser um grande clube.
O mesmo acontece com o Sporting, mas como o Sporting não é meu adversário directo (ou indirecto, diga-se) não preciso mencioná-lo aqui, uma vez que conheço muito mal o clube, até pela sua pequena dimensão.
Adiante.
Um dos argumentos que mais tenho visto escritos por aí é: “foram arrogantes e tiveram o que mereceram, não ganharam nada”.
Grande verdade. Fomos mais que arrogantes! Mas isto aplica-se a todos os clubes, ok? Ou será que, em anos idos, equipas que estiveram na eventualidade de fazer o pleno numa época, andaram a chorar e a arrastar-se pelo lagedo a gritar aos céus e a pedir que Deus os impedisse de ganhar? Huuummm... se calhar não... Mas o que é que deu nesta gente toda? Agora é tudo meninos? Que paneleirada é esta? Então um clube está na linha da frente em todas as competições e tem o quê? Que se lamentar? Vão-se foder, pá (desculpem lá o meu francês).
Tinham mais que ser arrogantes sim senhora!!! E espero que o continuem a ser por muitos e bons anos. Os outros são diferentes, queres ver?
É esta mentalidade do desgraçadinho que tanto caracteriza o tuga, que me lixa, pá! Ah e tal é melhor não festejar antes do tempo porque a coisa pode correr mal e a probabilidade de que corra é grande e tal, e vamos ter cuidado e cautela, e vamos todos para casa fazer crochet e macramé mas festejar antes do tempo é que não porque, oh valha-me Deus, podemos perder e depois é uma chaticezinha.
Porra, podemos no fim não ganhar nada mas fizemos a festa enquanto pudemos! Olha, eu fiz! E ri muito e festejei muito e tirei um gozo do caraças com os golos maravilhosos que a minha equipa marcou! E esses, já ninguém mos tira.
“Foram arrogantes” – Ide-vos todos foder!!! Meninos!

Para o ano, quando o fcp ou mesmo o scp (hipótese bem mais remota, mas ok), estiver a ganhar e no caminho para o pleno (ou não) e começarem a festejar antes do tempo (quando forem eles os arrogantes) eu vou aplaudir de pé. E depois, se não ganharem nada (shit happens all the time, remember), eu vou ficar na minha e, com muita inveja miudinha, porque a festança que fizeram, já ninguém lhes tira.

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