Quando era miúda
sonhava com o dia em que deixaria de ser miúda e poderia fazer coisas que só os
adultos podem fazer. Depois, passei a sentir-me confortável na idade que ia
tendo e hoje desejo com todas as minhas forças voltar a ser miúda. Sempre jurei
que esta coisa da idade nunca me ia afectar, porque dentro da minha cabeça
vive uma Cristininha que nunca saiu dos 10 anos e que se não existisse o
espelho (essa invenção do demo que só serve para nos trazer depressões
nervosas) eu iria sempre viver na ideia de que mantinha o mesmo aspecto, a
mesma pele, a mesma elasticidade, a mesma juventude dos meus 10 anos. A verdade
é que não consigo perceber, nem imagino alguém a olhar para mim e a ver uma “senhora”
de 44 anos, tal é a minha juventude interior.
Mas, como dizia o
outro, a beleza/juventude interior não interessa nada a não ser que te consigam
virar do avesso. Como isso ainda não é possível, nós acabamos por ser aquilo
que as outras pessoas (e o espelho) fazem de nós, e que se entranha em nós através da convivência
que temos com elas, pelo que vamos ouvindo dos nossos pares, pelas reações que
vamos despoletando neles, pelos olhares que vamos interpretando, etc, etc, etc.
Tudo isso entra por nós adentro e acorda-nos para a realidade de que… estamos a
envelhecer.
Não sei se estou
a fazer sentido… quando falo a sério tendo a baralhar as ideias. Para mim,
escrever a sério é como se fosse mais um reconhecimento de que já não tenho 10
anos, nem 15, nem sequer 20. Na realidade, escrever (ou falar) a sério
custa-me.
O que me custa
muito também é o esquecimento, a memória que falha cada vez mais. Vão dizer-me
que todos nós hoje em dia, velhos ou novos, padecemos desse mal. Sim, poderá
ser verdade, mas isso não atenua aquilo que me custa.
Hoje vi um vídeo
tão, mas tão engraçado. Era hora de almoço. Tenho recorrido de todos os recursos
que disponho para me tentar lembrar que vídeo era porque queria muito
partilhá-lo. Não consigo. Não me consigo lembrar de como era o vídeo, do que
tratava e onde o vi… que triste. Que triste constatar que a Cristina de 15 anos
que decorava programas inteiros do Herman José e os recitava para os seus
colegas de turma se rirem às custas do espectáculo gratuito, agora não se
lembra de um vídeo que viu há 3 horas atrás.
Se calhar isto é
um fait divers… mas penso que esquecer-me constantemente do código de acesso ao
meu Homebanking e esquecer-me sempre de o apontar porque desconfio que me vou
esquecer de onde o apontei, é coisa para ser esquisita.
Eu, matarruana,
me confesso: não sei o que é um Brunch, ou melhor, não sei para que serve um brunch.
Para os que sabem
para que serve este conceito “nouvelle vague” supé na moda e do mais caturro
que há, peço humildemente que me expliquem, por favor, porque aqui a
Cristininha nunca experimentou, precisamente por não saber como e a que
horas é que se deve “brunchar”. Depois posso fazer alguma coisa mal e
afinal vai-se a ver e não estou a brunchar e isso é chato.
Não se iludam,
caros amigos leitores, vocês estão a ler um blog chamado “Um café e um Bagaço”,
ok? No fundo era expectável que este tema surgisse mais cedo ou mais tarde.
Mais depressa como numa tasca do que “bruncho” no LUX.
Ora vamos lá
desmontar a cena. O brunch é a mistura de quê? “Piqueno” almoço e almoço (Breakfast
& Lunch)? E então isso quer dizer que não se toma o pequeno-almoço e não se
almoça e faz-se tudo ao mesmo tempo? Então e se me levantar às 7 da manhã (que
é o que acontece todos os dias) e me der a fome? Não posso pequeno almoçar
porque tenho de ir ao brunch? Oh valha-me Deus, mas se eu não como aí por volta das 7:30, à hora de almoço já me deu a fraqueza
e poderei inclusive já ter vontade de falecer ou, em alternativa, comer 5
carcaças com manteiga e fiambre, o que é quase a mesma coisa que falecer.
Então e para quem
tem filhos? Como é que explicamos à miudagem que não podem comer, porque hoje
há brunch? Vão virar bicho!! A petizada não entende estes conceitos chiques e
ainda pensa que os estamos a tentar matar à fome. Eles já
alimentados são o que são, fará com fome e sem perceber porquê!! Mais vale
dizer adeus à sanidade mental, porque o bicho vai pegá!
Estou mesmo a imaginar o pessoal lá de casa, onde eu me
incluo, claro, a chegar esgalgados de fome ao brunch e a trazer a Pirâmide de
Gizeh em comida no pratinho do brunch. Afinal de contas o pessoal já vai “atrasado”
e quer é comer.
Mas então vocês,
os entendidos em brunches, dizem-me que posso tomar o pequeno almoço à vontade
e fazer um brunch na mesma. Então aí, meus amigos, lá se vai o conceito todo
por água abaixo, porque nesse caso, eu vou mas é almoçar à hora que costumo
fazer sempre e nesse caso chama-se lunch e não brunch.
A diferença então está
onde? No tipo de iguarias? Misturam-se bolos e salgados, tipo pastel de nata e
croquetes? Há frango assado com batatas fritas? Digam-me, por favor!!!
Estou mesmo
macerada com este tema porque eu sou aquela pessoa que gosta de uma
experiência, gosta de um conceito. Mas isto do brunch está a desafiar a minha
veia “experimentalista” e isso maça-me, oh valha-me Deus.
Pessoal, isto vai
ser longuinho, por isso, quem não estiver para se chatear e não gostar de
filmes do Manoel de Oliveira, ide à vossa vidinha que eu não levo a mal.
Faz este fim de semana uma semana que chegámos de uma viagem de sonho.
A última vez que
aqui vim, botar faladura, estava a fazer a dieta dos 30 dias sem açúcar e a
sofrer que nem uma condenada e agora volto para vos contar como foram estes
maravilhosos 7 dias na Tailândia e 10 horitas no Dubai. Isto serve, obviamente,
para provar que quem fica 30 dias sem comer açúcar, acaba por ir parar à Tailândia
e passar lá uns fabulosos 7 dias de sol, calor, paisagens maravilhosas, boa
comida e descanso daquele mesmo de papo para o ar!
Imaginem quem
ficar 3 a 6 meses sem comer açúcar… eu diria que estamos a falar de umas
Maldivas, um Bora Bora, um Bali, umas Seycheles…
Pronto, mas indo
agora ao que interessa: estas mini férias foram absolutamente divinas! Um
intervalo no stress, no frio, e em pleno Fevereiro/Março, aqui a vossa
Cristininha zarpa para a Tailândia, trocando os 9 graus de Portugal pelos 33 de
Thai. Precious, my dears, precious.
A viagem é longa,
mas viajámos na melhor companhia em que voei até hoje. A TAP que me perdoe mas
a Emirates é, de facto, um espectáculo! O avião, topo de gama, montes de
filmes e documentários excelentes para ver durante a viagem, o catering, magnífico,
com direito a ementa e tudo – prato de carne, prato de peixe, sobremesa e
bebida, um luxo. Ao longo da viagem, uns apetizers para a malta não começar a
roer os assentos e quase no final de cada voo, mais uma refeiçãozinha ligeira para
desembarcarmos aconchegadinhos. On top of that, um voucher oferecido pela
Companhia para comermos no aeroporto durante a escala. Nota 10 para a Emirates
ou não fosse a Emirates a companhia que patrocina o meu Benfica Glorioso. SLB! SLB! SLB! SLB! SLB!... peço desculpa…
Bom, na ida, uma
pequena escala no Dubai para ver as montras e as Free shops que são de b-a-b-a-r!!
Vale imenso a pena. No regresso viríamos a fazer novamente escala no Dubai mas
de 10 horas e o plano seria visitar o Burj Khalifa, como aliás acabou por
acontecer. Mas vamos com calma, lá chegaremos, na página 347 deste relato.
Chegados à
Tailândia, o táxi do hotel já nos esperava. Super confortável, um monovolume, novinho
em folha com A/C agradável – nem muito frio nem muito calor – e uma viagem de
uma hora até ao hotel Hilton Phuket Arcadia Resort
& Spa.
A previsão do tempo, segundo o que eu
apurei um mês antes de partir, nas minhas incursões pelos sites de meteorologia, 35 vezes
por dia, só para verificar se o tempo mudava muito de uma hora para a outra,
era de cloudy with thunderstorms. Ia preocupada, afinal, o meu ideal de divertimento
num país de praia não é apanhar com chuva e trovoada todo o santo dia, ou tempo
enublado, sem que se veja o sol. Porque é muito bonito o calor e a humidade e tal,
mas eu gosto mesmo é de solinho do bom. Sucede que tudo o que tinha visto no
Accu Weather e no Weather e nos 1500 sites de meteorologia a que fui,
revelou-se uma grande tanga. O tempo esteve SEMPRE excelente. Nem uma pinga de
chuva, um sol esplendoroso, por vezes uma ligeira brisa que afastava os
mosquitos (zero picadas) e era maravilhosamente agradável, noites épicas, com
um céu estrelado e uma temperatura que provava que Deus existe e tem casa na
Tailândia. Um cheirinho constante a flores e sempre, sempre, o som de pássaros
do paraíso a cantar. Desagradabilíssimo, portanto.
O hotel era realmente 5 estrelas. Os
colaboradores todos de uma simpatia que chegava a ser comovente sem nunca
sentirmos que se estavam a fazer à gorjeta. A sério, não estavam mesmo. Eram
simpáticos de forma natural e, como disse, quase comovente.
A parte que eu mais adoro nos hotéis é o
pequeno almoço e o do nosso hotel não desiludiu. Era excelente, sempre tomado à
beira de uma das 4 piscinas do hotel, que tinha uma cascata divina e que fazia
dos pequenos almoços uma experiência idílica, daquelas para a qual nós nos transportamos
sempre que nos pedem para pensarmos que estamos num sítio bonito e calmo.
O quarto era bonito e espaçoso, com duas
portas que se abriam em par e que davam para a banheira enorme do WC. Ou seja,
aquilo era coisinha para ser bastante sensual.
As piscinas… ai jesus… as piscinas…
TODAS M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A-S. Rodeadas por uma vegetação luxuriante de
palmeiras, árvores, flores, arbustos, relva, tudo o que possam imaginar de
verde, e flores exóticas. Muito, muito tranquilas, com pouquíssimos hóspedes,
porque com 4 piscinas, nunca nenhuma estava cheia, passei lá as horas mais zen
da minha vida. O almoço era serviço lá, e depois, era dormir um pouco na
espreguiçadeira, à sombra ou do chapéu ou das palmeiras, para depois ir dar
mais um mergulhinho à praia, que ficava a 500 metros. Uma vida dura, portanto.
De manhã a rotina era: pequeno almoço
com o homem, uma caminhada até à praia, um belo mergulho naquela água que nem
chegava a refrescar porque era realmente quente, para além de cristalina, depois,
apanhar um pouco de sol e ala que se faz tarde para a piscina. Da parte da
tarde, um passeio pelas redondezas, esperar ansiosamente pelas 15 horas para
poder ligar às nossas meninocas e matar um pouco as saudades das pulguinhas, idas
ao mercado, fazer uma comprinhas, regatear com os feirantes e conseguir bons
negócios – aqui o mérito é TODO do meu homem que parece que nasceu para isso.
À noite, jantar num dos restaurantes do
Hotel (havia Tailandês, Italiano, ocidental, havia de tudo) e depois o descanso
dos guerreiros – sim, porque, sobretudo eu, como devem calcular, estava morta
de cansaço J
O meu companheiro de viagem, aka homem,
esteve grande parte da estadia em trabalho, sim ele foi lá para trabalhar, só
eu é que fui para a palhaçada mesmo, mas a partir de 5º feira, terminadas as
reuniões de trabalho, pode finalmente descontrair, relaxar a aproveitar tudo o
que de bom aquele paraíso tinha para oferecer.
Certo que no Domingo (nós chegámos sábado
à noitinha) e enquanto não abriam as hostilidades profissionais, fomos logo na
nossa 1ª excursão – andar de elefante! Foi maravilhoso, acreditem. Para já, são
animais fabulosos e estar ao pé deles, é, como devem imaginar, totalmente
diferente de os ver na TV ou mesmo no Zoo. São lindos, majestosos e meiguinhos.
O nosso chauffer de elefante era um curtido, muito engraçado, completamente
despreocupado e (ao contrário do que aconteceu com os outros turistas que
também lá estavam) deixou-nos sair da cadeirinha e montar na cabeça do
elefante. Uns fora da lei, portanto!! Mas foi tão divertido que, acreditem,
quase fiz xixi na calcinha ao ver a cara de pavor do homem que tinha estado a
ler o aviso à porta do parque onde estava escrito em letras garrafais que era
estritamente proibido sair da cadeira. Nós fizemos melhor: para além de termos
saído da cadeira, o bacano que conduzia o elefante, saiu do elefante para nos
dar o seu lugar e para nos tirar fotografias, deixando-nos a nós – experts em
condução de elefante desde tenra idade – a conduzir aquele bichinho de muitas
toneladas. Eu ri muito!! Adorei cada segundo daquilo, adorei, adorei, adorei,
ou não fosse eu a mulher das “regras existem para serem quebradas!” Já o Homem…
acho que podem ver pela imagem.
Tivemos também a grande e única
oportunidade de dar umas bananinhas a um elefante baby que era uma ternura, um
doce, um doce, um doce. Não fosse ele propriedade daqueles senhores e vá, um
pouco difícil de transportar e eu só queria trazê-lo para casa e fazer como
aquela família de ciganos que tinha um burro em casa, na banheira. Um AMOR!
Ainda no capítulo “Vida Animal”, no
nosso peúltimo dia de estadia em Thai tivemos a grande, grande felicidade de
embarcar numa outra experiência que também nunca esquecerei – tivemos a
oportunidade de estar junto de tigres e fazer-lhes festinhas, dar-lhes
beijinhos, e interagir um pouco com eles. Acreditem, para uma animal lover como
eu, isto é o pináculo da perfeição. Confesso que no primeiro tigre, estava
muito emocionada, afinal não é todos os dias que podemos acariciar um animal
daqueles, que ainda por cima é lindo de morrer. São macios, lindíssimos e,
embora tenhamos que ter tido algumas precauções, claro, porque se tratam de
animais selvagens, digo-vos, não sei se por estar muito emocionada ou se por pura
e simplesmente nem ter pensado nisso, senti zero medo, já nos elefantes senti o
mesmo. Eu acho que é porque tenho tanto, tanto amor por tudo o que seja
bicharada e por saber que a bicharada sente quando estão em presença de alguém
que lhes quer bem e que gosta genuinamente deles. É claro que houve alturas em que pensei que
poderia acontecer ter chegado à Tailândia com as duas mãozinhas e sair de lá maneta
mas, isso pode acontecer a qualquer um, right?
No capítulo “vamos arriscar a vida num
speed boat” outra das excursões que fizemos foi às famosas ilhas Phi Phi. Confesso
que barcos, especialmente barcos que andam à maluca não é uma coisa que eu, vá…
adore. No entanto, o barco era topo de gama, com 3 motorzões que metiam
respeito. Foram D-U-A-S H-O-R-A-S aos solavancos e a ver a minha vidinha a andar
para trás. Caraças, aquilo andava!!!!!
Mas valeu a pensa, só vos digo. Chegámos
a um spot onde estavam vários outros barcos parados no meio do Mar Adaman (Maya Beach), com
uma água linda de morrer. Ali era para fazer um pouco de snorkeling. Colocámos a
máscara, mergulhámos e assim que pusemos a cabeça debaixo de água, um show de
cor e movimento. Peixinhos de todas as cores, Nemos, Dorys, peixes papagaio a
roer o coral, cardumes de peixinhos de todas as cores. Muito, muito lindo.
Fomos de seguida ver o local onde
existem uns ninhos de andorinha lá todos XPTO e que foi bastante apreciado por
todos. Eu, para ser honesta, não liguei nenhuma – a minha cena é mais praia e
areia e isso.
Depois, visitámos a ilha principal onde
há imenso comércio de rua e restaurantes e onde bebemos o melhor sumo de manga
das nossas vidas – Ah, a fruta lá é toda absolutamente deliciosa! Foi muito
engraçado porque a ilha é super típica e tem praia de um lado e do outro. A
língua de areia que separa as duas praias percorre-se em meia hora.
Depois de visitarmos a ilha, era hora de
voltar para o barco e fazer a viagem de volta que foi consideravelmente menos
atribulada. O mar estava mais calminho e o pessoal vinha todo a dormir, eu
incluída. Quem diria?
Com estas saídas todas tivemos também oportunidade
de ver muito da cidade fora dos muros do resort. Fiquei muito surpreendida com
a prosperidade que se nota. Nota-se uma certa “desorganização” e um pouco de
falta de “limpeza” mas não vemos probreza. Os carros que vemos circular na estrada
são quase todos novos e bons e IMENSAS motas.
O trânsito é caótico, como em qualquer país
asiático que se preze. A noção de capacete é na grande maioria dos casos um
conceito desconhecido e andam 3 e 4 pessoas por mota se for preciso. Quando
digo 3 e 4 pessoas por mota, incluo crianças – sem capacete também. Numa das
nossas saídas cheguei a ver um homem a conduzir uma moto com um bebé de meses
ao colo. Uma mão segurava o guiador, a outra segurava o bebé.
Conduzem do lado direito e muitas vezes
pensei que o nosso táxi ou autocarro iria embater de frente e de lado e de
esquina com as milhentas motas que circulam por aquelas estradas e faleciamos ali todos num banho de sangue.
Outra coisa que se vê e que nos provoca
arrepios na espinha são os fios elétricos nas ruas. Tendo em conta que aquela
zona foi toda “varrida” em 2004 pelo tsunami e que não estão livres de lhes
acontecer o mesmo a qualquer momento, e sabendo nós que água e electricidade são cenas que
vá… não vão muito bem uma com a outra, conseguimos perceber o grau de
descontracção daquela gente. Eu acho sinceramente que eles são felizes. Assim
como assim, não é por pensarmos no pior que ele deixa de acontecer e assim,
olha, a malta não pensa e vive feliz, que é coisa que nós, o pessoal chamado “desenvolvido”
não faz lá muito bem.
No capítulo “Se
vais a Roma tens que ver o Papa” claro que não podia faltar a massagem Tailandesa
para fechar a estadia em grade beleza.
O hotel tem um
SPA maravilhoso com quinhentas massagens tailandesas à escolha e todas com aspecto de quem nos vai fazer muito bem ao lombo. Chegando ao SPA, à hora marcada para a massagem, a malta é
conduzida por entre vários bungalows onde se fazem as massagens com
denominações como: Serenity Bungalow; Peace Bungalow, Hapiness Bungalow, por
meio de um caminho de lages sobre um riacho, tudo rodeado de orquídeas, estatuas de deuses e vegetação luxuriante. Só ali é logo meia massagem que já levamos. Depois, chegados ao nosso bungalow, lá nos
deitamos nas marquesas e é “entregar pá Deus”. Muito bom, muito relaxante, as
massagistas começam por nos lavar os pés, não haja ali um xulé a espreitar, depois conduzem-nos às marquesas e massajam todo o centímetro quadrado do nosso
corpinho, perguntam-nos antes de começar se queremos soft, médium or strong. Eu, com os meus 50 kilos mal medidos não sou burra nem nada para pedir strong e fico-me por um medium. O homem, claro, El Macho, pede uma strong. Penso que ficámos os dos bem servidos e massajados em conformidade.
Depois, sentaram-nos num pátio com uma vista lindíssima e serviram-nos um chá de gengibre. Tudo maravilhoso. Experiência 5 estrelas.
O Dubai foi uma experiência tipo espeta e foge mas também não íamos com muita cabeça para grandes festarolas porque aterrámos às 4 e meia da manhã e já vínhamos com 6 horas de voo no bucho.
No entanto tenho algumas considerações a fazer, claro, que eu sou pessoa que tenho sempre uma consideração e toda uma opinião sobre os temas da humanidade.
Daquilo que vi (que foi pouco) o Dubai parece todo novo. Parece que aquilo foi acabado de construir há 10 minutos, O Centro Comercial do Burj Khalifa é enorme e com aquelas lojas de griffe que já tinha visto também na 5th Avenue. Um aquário gigante, estilo o nosso oceanário com milhares de peixes e mantas e tubarões e com a hipótese de entrarmos lá dentro nuns elevadores que eles têm dentro do aquário. Como lá chegámos cedissimo. estava fechado ainda. Mas foi giro só ver.
Depois chegou a hora de subirmos ao topo do Burj Khalifa. O elevador é um show! Quando começa a subir as luzes apagam-se e acontece um show de luzes que impressiona qualquer um.Os ouvidos começam a estalar e chega-se lá cima num abrir e fechar de olhos. Impressiona, sem dúvida.
Depois, uma vez lá em cima a vista é igualmente impressionante. Arranha céus, arranha céus, arranha céus. Muito gosta aquela malta de construir arranha céus.
Era hora de voltar ao aeroporto, no Metro que já nos tinha levado e que parece também que foi inaugurado há coisa de uma hora. Tudo limpíssimo e com aspecto de que estamos nós a "encetar" as cenas, tipo, quando se compra um chocolate e se abre a embalagem para comer.
Embarque para Lisboa e mais uma viagem óptima na Emirates para Lisboa. Chegar a casa e abraçar as filhotas - saudades, muitas.
Portanto, olhem, meus amigos, foi MARAVILHOSO. Props para o homem que volta e meia me leva nestas aventuras e que me proporciona estas escapadelas que fazem bem ao corpo e à alma.
Mas também... a vossa Cristininha merece, que também cá fica muita vez a tomar conta do forte e aguenta e não chora.
Seguem os retratos.