novembro 28, 2013

CR8

Amigos, este vestido que aqui vêm fui eu que fiz!

Foto: Filipa Bibe (a empresária mais fashion do "pédaço") @ https://www.facebook.com/photo.php?fbid=544962848930367&set=a.497772920316027.1073741829.287812201312101&type=1&theater
EU!!!!

EU fiz este vestido, desde o molde, passando pelo corte, pinças, bainhas, gola, tudo feito por mim!!!

Agora sei como é que se sente o Cristiano Ronaldo quando marca golos espectaculares, sei como é que se sente o Mourinho quando ganha as Champions todas desta vida, sei como é que se sente o João Garcia quando chega ao cume de mais uma montanha!
É a sensação de fazer alguma coisa espectacular e ainda por cima bem feita! Eu fiz este vestido e chego a conseguir vesti-lo sem parecer o Batatoon!!

Este vestido é o meu golo fora da área, é a minha Champions, é o meu cume de montanha!
Hoje sinto-me uma heroina...

Agora... quero tudo a chorar num abraço de grupo, para a seguir apanharmos uma bezana de baçago e irmos todos nus tomar um banho de mar a Carcavelos.

Bora lá, pá!!!

(quem tiver problemas com a nudez, eu empresto o meu vestido)

novembro 18, 2013

Quem tem uma mãe tem tudo!

Hoje vinha no caminho a pensar que, quem tem uma mãe tem tudo!

A minha infância, para além de triste (tendo em conta que parti os dois dentes da frente aos 8 anos, numa queda aparatosa de bicicleta, acabando com a minha vida social a partir desse momento) foi profícua em episódios marcantes.

A minha mãe é responsável por grande parte desses episódios. Fosse por me apanhar a mentir ou a fazer outra coisa esperta qualquer e me arrochar umas bem assentes, fosse por me dar conselhos que, não servindo para nada, (pensava eu na altura), me acompanharam até aos dias de hoje, fosse por me dar informações valiosíssimas, como a de que não podíamos nunca deixar o frasco do Tofina destapado porque perdia a força, fazendo com que ainda hoje, quando faço o meu Tofina de manhã, me apresse sempre a voltar a fechá-lo - são coisas que ficam, lá está. 

Uma das verdades absolutas que a minha mãe me passou foi que: acontecesse o que acontecesse eu deveria andar SEMPRE com as cuequinhas lavadas. E porquê? Porque se me acontecesse alguma coisa na rua e fosse parar ao hospital, ao menos estava tudo como deve de ser "lá em baixo".

Para percebermos melhor o alcance desta teoria, imaginemos o seguinte cenário: a empregada da tasca vai no autocarro para Chelas a abarrotar de gente, de repente o autocarro capota, anda ali tudo às cambalhotas e aquilo é uma mortandade que só visto.
Ambulâncias, INEM, carros da polícia, um reboliço épico. Passageiros, condutor, um anão e um burro, transportados para o hospital. A empregada da tasca está em mau estado (o burro e o anão também), chegada ao hospital, médicos rodeiam-na. Nisto e no meio da quase inconsciência ainda consegue ouvir o médico dizer:

- Sra. Enfermeira, a paciente tá aqui tá a falecer, precisamos de administrar o suporte básico de vida. Verifique, por favor, se possui cuequinhas limpas.

- Estão limpas, sôtor, pode-se fazer aqui um pic nic

- Muito bem, vamos então salvar uma vida

(Obrigada Mãe!)

novembro 11, 2013

I SURVIVED! (mas foi por pouco)

Afinal a coisa até nem foi assim tão má. Não foi boa, mas não foi o banho de sangue que julguei que fosse acontecer ali naquele cliente.

Uma coisa bateu certo: como disse a responsável lá do sítio "Não se trata de uma população fácil". De facto!

Passemos à cronologia dos eventos:
- 8:30 - a empregada aqui da tasca apresenta-se nas instalações do cliente, envergando apenas um diminuto conjunto de tanga e top leopardesse e calçando umas botas até ao joelho com uns saltos de 30 cm... não, não é verdade... (peço desculpa)
- 8:30 apresento-me nas instalações do cliente depois de deixar 800 euros no parquímetro, uma vez que ia lá passar toda a manhã e parte da tarde (relato igualmente chocante)

- Chego ao local indicado, tento montar o estaminé e já tenho uma fila de fregueses atrás de mim a "aguardar".
Penso para comigo. "Olá!! Temos público!" Naquele momento tive vontade de começar a cantar, e no fim, agradecer emocionada: "Obrigada Coliseeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuu"!!!
Não aconteceu (mas eu gostava).

- Acabo de montar o estaminé e começo a "virar frangos". A primeira coisa que acontece é a chamada "corrida ao brinde". Lá pelo meio fazem umas perguntas para disfarçar, mas ali o objectivo é claramente o brinde, apesar de eu ter tomado banho e estar até bastante jeitosa, se ia para lá à espera de ser notada pelo meu encanto, as canetas de brinde que levei mostraram que não tenho encanto nenhum.

- Reparo que os fregueses se dividem em quatro categorias:
Os simpáticos
Os chatos
Os maus
Os que "sim senhor"
Eu acrescentaria também "os surdos" mas como só apanhei um não sei se dá direito a formar uma categoria.

Os simpáticos perguntam muitas coisas, fazem promessas de que irão assinar por nós, dizem que o nosso serviço é o melhor do mundo, chegam a dizer que não se importariam de ter um filho nosso e depois aproveitam e tiram sete brindes de cada qualidade. Vão-se embora satisfeitos e eu fico com aquela sensação de que não arranjei um cliente mas fiquei ali com um amigo para a vida.

Os chatos, chegam ali e sendo a natureza do serviço que estamos a promover bem clara, eles entendem que querem fazer perguntas sobre um OUTRO serviço totalmente diferente. Mais, aproveitam para "bater no ceguinho" porque não temos uma oferta competitiva no OUTRO tal serviço que nem fomos ali promover e do qual não percebemos nada.
Ouvimos...
Ouvimos...
O ouvido começa a assemelhar-se a um penico e eventualmente acabará por apodrecer e cair caso o freguês não se cale. Normalmente demoram muito a calar-se e é coisa para nos provocar algum sofrimento.

Os maus são aqueles que eu pensei que iria falecer às mãos de um. Os tais que poderiam afiambrar-me uma ou duas bem assentes no lombo e deixarem-me ali a sofrer. Houve poucos, porque se calhar já tinha levado com todos ao telefone nas duas semanas antes de visitar a empresa.

Os que "sim senhor" são clientes que chegam ali, perguntam umas coisas, acham tudo muito bom, tudo muito lindo e já deixam ali a cena toda firmada. Não há cá merdas, não há cá "ah eu quero mas não sei". Chegam ali, despacham a coisa, vão-se embora e não chateiam mais ninguém. Sim Senhor!

Os surdos, são um caso à parte. Na única altura que consegui sair do meu poiso para ir levantar dinheiro e comer uma bucha, percorri para aí uns dois km de corredor à procura de alguém que me desse indicação de uma caixa multibanco dentro das instalações (sim, aquilo é coisa para ser grande). Às tantas, e já quase a desistir vejo uma alma. Dirijo-me a ele e pergunto:
- sabe dizer-me onde posso levantar dinheiro, por favor?
- HÃ??? (encostando o seu ouvido esquerdo à minha boca, boa, o senhor era surdo)
- UMA CAIXA MULTIBANCO?
- VENHA COMIGO

Fui atrás do senhor enquanto tentei manter uma conversação mas nunca obtive resposta, a chamada conversa de surdos, portanto. Ao final de mais uns metros valentes, o senhor deixa-me à porta de uma casa de banho.

Eu agradeço e penso cá para mim que não estava destinado eu levantar dinheiro, nem tão pouco comer uma bucha... mas aliviei a bexiga, pelo menos.

novembro 07, 2013

E isto é a minha vida

O meu trabalho actualmente mete contacto com pessoas. Pessoas... certas e determinadas pessoas, em certas e determinadas situações.
Não posso dizer muito mais porque depois teria de matar os meus queridos leitores e não sei se suportaria o banho de sangue resultante da morte de três pessoas, mesmo sendo uma delas, um anão.
Isto para vos dizer que, embora eu até ache que tenho jeito para a coisa, porque, dêem-me conversa e eu sou pessoa para alinhar, sendo ainda por cima versada em tudo e mais alguma coisa, incluindo o tema do surgimento dos peixes e proto-anfíbios, e tendo tema de conversa para horas e horas, mas não me venham, por favor, com maus fígados que eu fico logo virada do avesso, já para não falar que também fico com medo, vá...

Nesta função, se bem que se apanha gente que sim senhor, também se apanha muita gente que acordou com vontade de levar a cabo rituais satânicos e o primeiro que apanha à frente é o desgraçado que vai levar com eles. Normalmente e para não variar, essa pessoa, sou eu.

Dito isto, só para vos informar que amanhã vou visitar um cliente e que a minha expectativa é que faleça.
Eu já estava com esta sensação, já estava mais ou menos mentalizada, mas hoje falei com a responsável da empresa, que me diz o seguinte: (a frase que peço à minha família que meta na lápide da minha campa): "Esta é uma população difícil, por isso a aviso desde já".

E eu, ok!

Quer dizer, eu já ia à espera de falecer, mas esperava que fosse uma coisa a mandar para o civilizado, uma coisa limpa, tipo morte durante o sono, ou algo do género. Ainda bem que já fui avisada que vai ser violento. Agora a expectativa vai desde a morte à paulada, às "bargastadas" nos glúteos até à morte. Pronto, já vou preparada para o pior.
Quem sabe se alguma alma caridosa, não vê a chacina e resolve chamar os Soldados da Paz? (PÁS! PÁS, PÁS)

Pensando bem, se calhar é melhor não.

novembro 05, 2013

Memórias

Ontem, ao terminar de ler o Pacto de Varsóvia, logo após ter completado as minhas anotações na "Vida e obra de Leonid Bresnjev, em 352 tomos", lembrei-me que já tive uma empregada que me comia as bananas todas lá de casa.
Acontece-me muita vez, encontro-me num momento de puro lazer e descontracção e pumba, começo com pensamentos profundos. Uma maçada que só visto.

Mas estava eu a dizer que, certa vez, notei que todas as bananas que comprava lá para casa, desapareciam a uma velocidade fora do normal. A sensação que tinha era a de que teria uma colónia de macacos a viver-me na despensa mas por mais que eu procurasse não encontrava vestígios dos bichos.
Deveriam, pensava eu, ser animais inteligentes, porque, ou comiam as cascas também, ou deitavam-nas para o lixo, despejando-o de seguida para não deixar rasto.

Ora, como à época do BananaGate éramos apenas dois indivíduos caucasianos, por volta dos trintas, sem filhos, possuindo também uma empregada de etnia ucraniana que frequentava as manhãs da casa sita na zona ali de algures atrás de uma pedra, coloquei a hipótese de as bananas ou serem consumidas pelo meu marido ou pela empregada.
Em qualquer dos casos era mau - rezei para que fossem os macacos.

Se fosse o meu marido, ficaria sentida de ele não ter a decência de se acusar perante a minha expressão de desespero e incredulidade sempre que olhava para a fruteira. Se fosse a minha empregada, ainda mais revoltada ficava pela falta de frontalidade da senhora - se queria fruta tinha dito, que lhe pagava em bananas e até me saía mais barato.

Foram várias as noites que me levantei de surra, na tentativa de apanhar o homem agarrado a uma banana e poder exclamar a plenos pulmões: "AHA! Eras tu!" mas de nada valendo a perda de horas de sono porque o homem estava inocente.

Eis senão quando, um dia, qual inspector da judiciária, volto para casa mais cedo, e o que é que eu vejo? A senhora minha empregada a sair de minha casa, de mala aviada, saco do lixo na mão, a comer uma banana com a mão direita e com outra a espreitar da mala!
Ali, naquele momento, não precisei de ver mais nada, estava explicada finalmente a mortandade de bananas que ia naquela casa. Aquela já devia ser a 4ª banana que ela comia só naquela tarde! A mulher já não devia ir à casa de banho há 15 dias!

Nunca lhe disse nada... deixei de comprar bananas e ela acabou por se ir embora, sem uma carta, sem um adeus. Passei a comprar Kiwis e acho que ela não gostou da troca.
A ingratidão destas pessoas... era para o bem dela... tenho a certeza que aquilo estava ali a precisar de um desentupimento de canos e eu só quis encarnar o espírito do canalizador!
Fiquei sem empregada, fiquei sem as bananas e, estou certa, ganhei uma inimiga!


novembro 04, 2013

Estimada Troika

Eu se fosse a ti punha-me a pau...
Tiraram o feriado de Todos os Santos aqui ao pessoal e esqueceram-se que nós temos a irmã Lúcia que também já faleceu e se em vida era menina para ser importante, imagina agora que se encontra na categoria dos finados.

Só para avisar que é melhor começarem a pensar que às vezes, no escuro da noite, coisas maradas acontecem... mortos e isso...

E para a próxima pensem melhor, feriados (que calham em Sextas feiras) e que metam falecidos, não, ok?

Prooooonto.

novembro 01, 2013