setembro 22, 2014

Coisas fixes, mesmo fixes, mesmo, mesmo fixes? É aqui na taberna!

 Só vos digo uma coisa: “ele” há dias felizes, pá!
Andava eu na minha vidinha e TAU, dou de caras com alguém que foi de fim de semana numa carrinha pão de forma muita gira e que correu uma data de praias sempre naquele espírito surfista, do: tenho todo o tempo do mundo, não tenho horas para nada, e ando aqui nesta casa sobre rodas que me leva para onde eu quero e posso adormecer e acordar na praia e como se me apetecer comer e durmo com o corpo cheio de sal porque no dia seguinte vou mergulhar outra vez no mar de uma praia diferente e mais gira e vejo os por do sol mais espectaculares desta vida, lá mesmo onde eles são mais espectaculares e levanto-me de manhã, abro a porta da carrinha e … WOW!!! o mar ali mesmo lindo, mansinho, com ondinhas a rebentar e a afugentar as milhentas gaivotas que estão à beira mar, o sol a nascer e a aquecer os nossos braços, os nossos ombros, as nossas pernas. Estico-me ao sol em praias desertas (si bobear, descasco-me toda), paro em miradouros só a respirar aquele ar que só se respira nos miradouros e fazemos Km esquecidos por essas estradas fora … e… epá… que maravilha!!
Pois foi isso mesmo que eu e o homem fizemos. Há dois meses atrás, encontrei esta empresa que aluga umas carrinhas pão de forma LINDAS, retro, muitíssimo bem recuperadas, confortáveis q.b e com uma personalidade daquelas que arrasam corações.
Ora, eu não sei se quem aqui vem me conhece bem ou mal, mas para aqueles que não me conhecem bem, ficais a saber que esta menina VI-VE para experimentar coisas diferentes.
Neste espírito, aproveitei que estava próxima a data de eu e o homem celebrarmos “A Dúzia” e reservei uma destas carrinhas – a Stacey!
Até chegar o dia andei a fazer mil planos, mil itinerários, pensei em milhentas coisas que queria fazer, afinal de contas nunca tínhamos feito nada igual e comigo é assim: é aproveitar até ao tutano ou então não vale a pena!
Quando chegou o dia, digo-vos uma coisa, os planos foram todos pelo cano. Quais planos, qual carapuça? o giro da coisa é ir decidindo à medida que vamos andando. Logo assim que pus o pé dentro da Stacey, percebi que aquilo era amor à primeira vista! O homem apanhou logo uma crise de nervos na primeira iteração com a bicha. As mudanças só entravam à lei da porra, o volante era do tamanho de um autocarro da carris, a direcção pesada como o raio, o ponto de embraiagem não era coisa para meninos e os limpa para-brisas não funcionavam, o que, tendo em conta a previsão meteorológica para aquele fim de semana, nos pareceu, no mínimo, assustador.
Íamos, no entanto, com um truque na manga, dado pelo Manel da Surfin Portugal: uma batata cortada ao meio para esfregar nos vidros! Não chegámos a experimentar, fez um tempo ma-ra-vi-lho-so!!!! A batata voltou para casa, sã e salva e está neste momento em recuperação de uma depressão nervosa.
Começámos a nossa viagem a rir! A rir mesmo muito, a sério! Era nervoso misturado com excitação, porque nós sabíamos que aquilo ou ia dar molho ou ia ser muita giro. E foi MUITA GIRO!
Lá fomos nós então, estrada fora, iPod ligado ao rádio retro digital da Stacey (pensam o quê, a Stacey já tem 54 anos mas é uma miúda muito moderna) e a condução começou a ficar cada vez mais fácil, à medida que nos íamos habituando às manhas da Stacey. First stop: Comporta para almoçar n’A Escola.
A seguir ao almoço peguei eu nos comandos da nossa pão de forma, abri os vidros da frente e lá fui eu a conduzir. A sensação de conduzir sem a parte da frente é bom para que consigamos entender a vida dura dos pára-brisas. Há todo um universo de piquenos insectos que, felizmente, pareceram estar todos de folga no tempo em que eu conduzi. Ou isso ou acharam que esborrachar-se contra bochechas não dava o mesmo frisson de um bom esborrachanço no vidro.
Depois rumámos a S.Torpes e lá estacionámos. Contrariamente às previsões meteorológicas, esteve um dia maravilhoso. Deu para estar na praia até às sete e tal, tirar milhares de fotos e aproveitar uma praia deserta muito bonita.
Bom, eu podia estar aqui para sempre a descrever todos os pormenores. Os restaurantes maravilhosos a que fomos, o bem que comemos, as praias lindíssimas que vimos, as pessoas todas que passavam pela nossa Stacey e acenavam, apitavam, tiravam fotos, espreitavam lá para dentro, e, no fundo os bons momentos que passámos os dois nesta aventura e foram muitos, foram mesmo mas em vez disso, deixo aqui umas imagens que falam por si.
Gostei mesmo, mesmo, mesmo muito desta aventura. Tudo o que fuja da normalidade, para mim, vale ouro. Só andamos por cá a passear durante o tempo que nos deixarem, não mandamos em nada, por isso, enquanto nos dão esta benesse, toca a gozar a vidinha.
(esta foi profunda. que não se repita muitas vezes estes pensamentos profundos aqui na taberna, ok?)

Ah… e se vos cheirou a borracha queimada aqui por Lisboa durante o “finde”, ficais a saber que… “what happens in Stacey, stays in Stacey”! 













































setembro 04, 2014

Hoje

Estou tão furiosa, tão de mal com a puta da vida que, Deus me ajude, só me apetece é desatar aos berros e, quem sabe, à biqueirada ao primeiro que apanhar à frente!
É daqueles dias em que apetece despir a roupa, e andar a correr pela rua, em nu integral, com um cutelo na mão e olhos raiados de sangue. Quem se metesse à frente, não ia ficar em bom estado.
Eu juro que hoje nem que o Benfica enfiasse 5 secos ao Sporting ou ao Porto, em final de campeonato, em casa deles, eu ficaria mais bem disposta.
É daqueles dias em que me apetece mandar tudo para o car%&/#. Eu desconfio que se passasse na rua por um "armário" de 2 metros, com físico de Mister Universo e mestre de Krav Maga, eu mandava-o pró car#$%&, assim na lata, E MAIS  batia-lhe! E não ia fugir a seguir, ia ficar ali à espera de que ele me aviasse também um sopapo bem assente no lombo a ver se ficava mais aliviada.
Fo#@-$&!!