novembro 25, 2015

30 dias sem açúcar - SOCORRO!

Passei agora fugazmente a vista por uma foto de uma fatia de bolo de chocolate com gelado de baunilha a acompanhar...

Alguém me mate, por favor.

novembro 24, 2015

30 dias sem açúcar

Hoje e passados quase 15 dias sem tocar em açúcar, desgraçadamente tive de comer um croissant! E não foi porque quis, au contraire mes amis, foi porque estava sem comer desde as 7.30 da manhã,  num sítio onde só  havia um bar com sandes de presunto e fiambre provavelmente provenientes de porcos mortos à paulada e na montra lá do snack, que mais parecia a casa da luz vermelha, estavam dois croissants sem recheio, atenção, que me pareceram ser a saída da minha morte certa por inanição. Pronto, isto tudo para dizer que comi a porra do bolo.
E agora, isto volta a zeros? Ou tenho direito a um deslize, um piqueno mijar fora do penico? Um "espera lá que eu vou mesmo falecer por causa de ter metido na cabeça que não  ia comer mais açucar".  Fui reler o post da outra, que me meteu nesta alhada e este tipo de situação não está contemplada, pelo que então fica tudo como estava - a contagem continua, sem resets.
Isto da dieta sem açúcar é muito bonito, muito saudável mas tem um problema...não poder comer açúcar. Tirando isso é espectacular.


novembro 19, 2015

30 Dias sem açúcar - Day IV, V, VI VII; VIII

Então? Pensavam que eu me tinha esquecido??? Ou que tinha desistido?? Pois se pensasteis isso, não me conheceis, oh pessoas de pouca fé!
Continuo aqui firme e hirta como uma cana de açúcar, mas de Stevia  - é uma private joke, que vocês, pessoas encharcados em açúcar, não podeis perceber - i'm sorry.
Sim, a minha cruzada 30 dias sem açucar, continua e só não tenho vindo aqui escrever, derivado do facto de me sentir muito fraquinha. Não é nada, estou a brincar. Sinto-me MUITO bem, sinto-me óptima, sinto-me mais ou menos, sinto-me mal, estou péssima!
Estou a brincar mais uma vez (se vos parecer um pouco estranha e até um pouco destrambelhada, vá, não é impressão vossa, é mesmo isso, mas eu também nunca fui muito certa mesmo, pelo que, olha, afinal, tá tudo na mesma).
Bom, mas falando agora a sério, perguntam vocês: e então Cristininha, como é que tem corrido a tua dieta sem açúcar? E eu respondo-vos: "olha, tem corrido bem"! Tem corrido bem, com alguns momentos em que desejo a morte de toda a humanidade, George Clooney incluído, e com outros momentos de clarividência e epifania em que penso que NUNCA MAIS comerei açúcar e serei feliz, mas que se devem aos sintomas de privação, que provocam estas alucinações.
Descobri que existem alternativas que podem, de certo modo, saciar a necessidade de ingerir açúcar e que não fazem tão mal. É o caso da Frutose e da Stevia, em alternativa ao açúcar que consumimos todos os dias e com que adoçamos o café, o chá, etc. mas que têm um grande senão:: são caros, o que me leva à conclusão que é muito mais económico falecer, pelo que é pesar os prós e os contras e decidir, no fundo é isso.
Também há bolos. O Celeiro, a loja dos saudáveis mas que tem um cheiro muito parecido a defuntos, tem uma miríade de cenas saudáveis, entre elas, bolos. No entanto, nenhuma dessas cenas, são tão boas ou sequer se aproximam em "boazice"dos alimentos ditos "normais". Mais uma vez digo, são todos caros, e, apesar de "bonzinhos", hoje comi um croissant de chocolate (lembrai-vos que eu sou a rainha dos croissants) que me fez amaldiçoar toda a linhagem de croissants, desde o típico croissant francês, ao croissant recheado, passando pelo épico croissant do Careca. Já tinha comido um no fim se semana passado e pensei, olha, até não é mau, come-se bem e tal. Não é uma MARAVILHA, mas pronto, tendo em conta que era capaz de chupar um cu de  abelha a ver se sai doce, tal é a fome de açúcar que tenho, isto até nem tá mau de todo. Hoje, voltei onde fui feliz e pensei que podia repetir a experiência. Não.
Continuo a ter serões de verdadeiro castigo divino. A imagem de uma embalagem de gelado da Haagen Dazs de chocolate e nozes de pecan, aparece-me onde quer que eu esteja (sim, e uns quantos unicórnios também ). É uma imagem teimosa que por mais que eu enxote, teima em pairar à minha frente. Nunca mais o Downton Abbey, o Scandal, ou qualquer outra série da Fox vai ter encanto, porque não as posso visualizar enquanto enfardo uma embalagem de meio kilo do meu gelado.
Estou oficialmente deprimida. Apetece-me açúcar!

(Hoje lá naquela loja dos saudáveis, comprei um doce de morango, adoçado com Stevia)

(Com sorte vai saber a tofu)

Alguém que me acabe com o sofrimento, por favor




novembro 13, 2015

30 dias sem açúcar - Day III

Nunca consegui compreender o dilema das pessoas que querem comer um doce (exceptuando naturalmente por questões de saúde graves ou não) e não podem, ou podem e não comem porque sabem que o magano do doce viaja à velocidade da luz, instalando-se na coxa mais próxima ou no glúteo mais distraído. Nunca senti na pele, nunca tive essa experiência.
Isto porque até ao dia de hoje sempre comi todos os doces que consegui abarcar (ou emborcar, como preferirem). A minha vida tem sido um “venham a mim, seus doces maravilhosos”, porque o açúcar entra neste organismo e o único efeito que tem em mim é aumentar a minha miopia, fazendo com que eu veja o doce sempre muito mais pequenino do que ele realmente é, provocando a necessidade de repetir o dito doce. Mas parece que a coisa não é bem assim, ao que parece o açúcar é mesmo um veneno para o pâncreas. Sucede que, fala-se em pâncreas e a Cristininha fica em sentido como se toda a vida tivesse andado na tropa de elite que lutou no Afeganistão e na guerra do Vietname e por isso , qualquer resquício de falta de força de vontade, desaparece e de gelatina passo a barra de ferro de motivação, firme e hirta!
Estes 30 dias sem açúcar, são, portanto, não para desaparecer, porque não tenho ambições de parecer o Luaty Beirão, mas sim para poupar o danado do pâncreas. É claro que, no processo, acaba-se por proteger e tratar melhor uma série de outros órgãos e por estabelecer uma rotina muito mais saudável que trará (eu quero acreditar) muitos benefícios a muitos outros níveis, nomeadamente ao nível do sistema nervoso central que, como bem sabem, é um sistema que em mim funciona muito mal, se é que funciona de todo. Penso mesmo que no lugar do meu sistema nervoso central está uma bandeirinha igual à que deixaram na Lua, a dizer, “Tás a brincar, não tás?”.
Mas em frente.
Hoje é o terceiro dia da minha dieta sem açúcar. Se é certo que durante o dia a coisa ainda se vai levando, com excepção da hora de almoço em que tenho de fechar os olhos quando passo na montra dos doces, onde moram taças luxuriantes de arroz doce cremoso, fatias de pudim de ovos, fatias de bolo de ananás e outras coisas muito horrorosas, o resto do dia, passa-se. Volta e meia levanto-me do meu lugar e finjo que vou à casa de banho fazer um xixi, e vou enfiar a cabeça na sanita, mas tirando isso, tudo légau. A verdadeira provação têm sido as noites – que ainda só vão em três mas que para mim parecem já as equivalentes aos degraus da Grande Muralha da China.
Ontem, por exemplo, andava em casa parecia uma pantera. As miúdas já deitadas, e eu parecia uma Nossa Senhora daquelas que muda de cor com o tempo, em dia de tempestade tropical!! Valha-me Deus! É duro, meus amigos, não vou dizer que não é duro, porque é duro. Solução? Fui-me enfiar na cama a jogar um jogo de rebentar bolhas e rebentei para ali bolhas como se não houvesse amanhã. Depois, já exausta, e como já via donuts em vez de bolhas, decidi baixar a almofada, deitar-me e dormir. Penso que sonhei com babás voadores mas não posso afiançar.
O pequeno-almoço de hoje foi igualmente uma experiência muito jeitosa. Comprei umas bolas de mistura que torrei e barrei com manteiga Becel Gold, acompanhadas de chá preto sem açúcar. Não me lembro muito bem se o que comi foi isso mesmo ou se foi a caixa de papelão onde veio a ração da cadela. Não me lembro, tenho de ver hoje à noite se a caixa está inteira ou se já lhe falta um bocado. No meio disto tudo, ainda não pareço 20 anos mais nova, e ainda por cima hoje tenho um torcicolo que valha-me Deus. Esta dieta está claramente a dar cabo de mim. Poupo o pâncreas mas eu entretanto faleço.
Tá feito o registo de hoje. Quando chegar a casa vou riscar mais um dia no calendário, como fazem os prisioneiros. No mínimo, espero que hoje eu tenha acertado na chave do Euromilhões. É o mínimo que se pode pedir pelo sacrifício que esta pessoa está a fazer!

(penso ter visto um unicórnio cor-de-rosa, a sorver um gelado da Haagen Dasz, ontem à noite no sofá da minha sala, mas pode ter sido impressão minha)

(também ainda não me encontro mais sensual)

(pqp)

novembro 12, 2015

30 dias sem açúcar - Day II

Sinto-me bem, não ando ansiosa, não sinto falta de doces, hoje até bebi chá sem açúcar ao pequeno almoço e uma torrada de pão de centeio que sabe a papelão e adorei. Estou óptima, muito bem disposta, nada deprimida, fui correr de manhã e senti-me... senti-me... na mesma, vá. Dois dias sem comer açúcar e sinto-me na mesma?? Hoje pensava que ia correr a meia maratona em meia hora e a coisa não se deu. Corri 3km e subi e desci 5 vezes uma rampa do demo. Acabei, como sempre, num estado muito perto do coma.
Quando é que isto começa a fazer efeito? Quando é que vou começar a notar a pele a esticar, o cabelo a crescer desalmadamente, a minha disposição a atingir níveis históricos ao ponto de doar um dos meus globos oculares à ciência? E o Benfica? Porque é que ainda não passou para a liderança do campeonato?? Porque se é para andar a fazer este sacrifício todo, e a comer pãozinho saudável, em vez daquelas baguetes maravilhosas branquinhas, estaladiças, ainda quentinhas, com manteiga a

derreter ou mesmo uma Nutelazinha que se funde com o miolo fumegante, se é para almoçar e depois não poder aviar um pudim, um arroz doce, então, não conteis comigo que eu tou aqui tou a mandar a puta da dieta sem açucar pró c... coiso.
Eu não nasci propriamente para comer de forma saudável,sou moça para comer pouco e mal. Tenho uma selecção gastronómica muito reduzida e uma lista de coisas muito extensa que não vou nunca comer, nem que me estejam a ameaçar com uma arma de fogo. Ou seja, não gosto de quase nada. Mas gosto de doces. O que é que eu decido então fazer? Eliminar o açúcar. Muito inteligente.
Por outro lado, parece-me que das coisas que eu não gosto, muitas delas têm açúcar. A saber:

- Queijo
- Lulas (toda a gente sabe que estão cobertas de açúcar)
- Polvo
- Chocos
- Favas
- Peixes marados que não a dourada, o robalo e a pescada. Tudo o resto tá cheio de açúcar. Os peixes são bichos gulosos
- Ervilhas
- Arroz de bacalhau
- Caldeirada de peixe
- Pézinhos de coentrada (açúcar à pazada, como bem sabeis)
- Mioleira
- Iscas
- Borrego
- Cabrito
- Natas
- Queijo
- (já disse queijo?)
- Queijo
- Derivados do queijo
- O cheiro do queijo
- E queijo, vá
- Nouvelle cuisine (que normalmente está sempre encharcada de queijo)
- Tudo o que meta queijo

Coisas que a Cristininha gosta:

- Frango assado com puré
- Frango assado com batatas fritas
- Empadão de carne da minha mãe
- Frango em geral
- Bifes de frango
- Massas (todo o tipo de massas)
- Arroz
- Batatas
- Sopa de agrião
- Bolas de Berlim do Califa
- Gelados
- Pasteis de Belém
- Crosissants do Careca
- Travesseiros de Sintra
- Toda a variedade de croissants conhecidos
- Bolos de aniversário molhadinhos
- O bolo mais maravilhoso do mundo: Babá
- Chocolates com amêndoas ou avelãs
- Ferrero Rocher
- Bolos de chocolate caseiros
- Bolo de iogurte
- Bolos no geral
- Bolos
- Bolos
- Eu é mais é bolos

Como veem, sou a melhor pessoa para andar 1 mês sem comer açúcar.

(estou aqui a escrever isto e só me apetece um palmier)

(pqp)







novembro 11, 2015

30 dias sem açúcar - Day I

Pois bem, só para vos dizer que iniciei uma dieta sem açúcar. Não, não é para emagrecer que eu graças a Deus sou daquelas sortudas com um metabolismo Ferrari e portanto a gordura é coisa que não me assiste.
O que se passa é que eu sou moça que lê. E desgraçadamente, lê tudo o que lhe aparece à frente – livros, blogs, notícias, soft porn, artigos de opinião, case studies, papers de Harvard e frases inspiradoras dos pacotes de açúcar da Delta. 
"Em sendo assim", deparei-me, certo dia com o blog da mulher do Nuno Markl, a Ana Galvão e olha, filha, mais valia teres estado quieta e calada porque me causaste mossa, pá!
Então não é que agora, depois de ler o que escreveste sobre o açúcar e o mal que o pózinho branco faz, eu meti na cabeça que havia de fazer uma dieta sugar free, durante um mês inteiro?? UM MÊS!!!!
E agora? Como é que eu descalço esta bota?? Porque ainda por cima, fui-me informar mais e sucede que o fdp do açúcar está em TUDO!! Até no pão!!! Olha, badamerda para o teu artigo, Oh Galvão!! É que, só assim para começar esta conversa, ficam sabendo que eu sou açúcar dependente. Já desde miúda que sou uma gulosa de primeira e NUNCA me abstive de me encher de açúcar até quase ao estado comatoso! Caraças, pá, eu com 9, 10 anos chegava da escola e comia duas carcaças com manteiga e açúcar!! Sim, bem sei que isto foi nos anos oitenta e nos anos oitenta a malta até se podia drogar a partir dos 6 anos que “não fazia tão mal como hoje”, porque os anos 80, são aquele terreno sagrado, em que nada fazia mal e nós, as vacas sagradas, éramos, digamos, indestrutíveis.
Isto já para não falar nas gemadas que fazia, quase todos os dias, com um ovo e 5 ou 6 colheres bem aviadas de açúcar e que mandava para o bucho, toda consoladinha. Isto era a Cristininha criança e que, não tendo mantido estes hábitos malucos até ao dia de hoje os foi paulatinamente substituindo por outros que parecem mais soft mas que na realidade não são. Eu sou aquela rapariguinha que vai ao Califa e avia duas bolas de Berlim com creme ao lanche, sem sentir um pingo de remorso. Claro que acompanho com chá verde, que é para cortar, e com isso acalmo a minha consciência, que antes de começar a comer as bolas ainda existe mas que depois fica de tal maneira embriagada de tanto açúcar que desaparece numa névoa de fumo. 
Amigos, eu já cometi a proeza de ir a um restaurante almoçar e pedir como prato principal um brownie com gelado de baunilha. E só não repeti, olha, porque não calhou.
E é neste cenário que eu, feita estúpida, na Segunda feira, ao serão, dou um saltinho ao Facebook, vejo uma referência a este blog da Ana Galvão, onde ela conta como o açúcar é mau e coiso e tal e decido: vou fazer esta dieta dos 30 dias sem açúcar! BORA LÁ! VOU MUDAR DE VIDA!! BORAAAAAAAAAAAAAAA!!! Imediatamente a seguir a esta epifania sinto um ardor esquisito, uma espécie de calor na boca, como se a boca estivesse na praia e estivessem para aí uns 400 graus centigrados e vai que achei por bem, às 11 e tal da noite, ir ao congelador buscar uma embalagem de Chocolat Fudge Brownie da Ben&Jerrys e acabar com o bicho antes que ele acabasse comigo. Apercebi-me naquele momento logo após ter devorado o gelado (sem o qual eu certamente teria falecido), que a coisa não ia ser fácil.
Esta constatação, veio provar-se muito verdadeira, porque no dia a seguir (o dia I da minha dieta sem açúcar), estive todo o dia a penar até que, às 5 da tarde, em plena sintomatologia de privação de açúcar e ciente de que nada saciaria aquela fome senão um doce, levantei-me do meu lugar e fui comprar uma fatia dourada! Impunha-se comemorar esta minha decisão de fazer a dieta sem açúcar e que maneira melhor de comemorar senão com a ingestão de um doce que alia o açúcar à fritura. The perfect storm!
De modos que é isto. Hoje já vou no 2º dia e deixem-me que vos diga, que ao almoço, já recusei uma fatia de pudim de ovos, que eu simplesmente A-DO-RO. É certo que bebi um piqueno cálice de jurupiga a acompanhar com umas castanhas (não fazem mal, porque têm açúcar de absorção lenta) mas com a breca, hoje é dia de S.Martinho, e há que respeitar os Santos.
O que é que eu espero no final deste mês a (tentar) fazer esta dieta sem açúcar?

1. Não parecer uma galinha careca cheia de nervos
2. Poupar o meu pâncreas
3. Não parecer sempre uma galinha careca cheia de nervos
4. Dormir melhor
5. Ficar muito mais sensual
6. Não parecer em várias alturas do meu dia uma galinha careca cheia de nervos
7. Melhorar a minha performance sexual para níveis bíblicos
8. No final dos 30 dias sem açúcar, ir ao Califa comer duas bolas de Berlim com creme, aos Pasteis de Belém comer meia dúzia de pasteis de nata, à Cappriciosa comer três brownies com gelado de Baunilha, estragar tudo o que fiz nos 30 dias sem açúcar e mesmo assim não parecer uma galinha careca cheia de nervos.

Amanhã conto-vos como correu o segundo dia do mês mais comprido da minha vida.

(entretanto vou perguntar à Dra. Médica Galvão, como é que eu faço na semana que antecede o “feiticeiro”).

(se calhar vou fazer como o Homem Aranha e trepar paredes… se calhar)

(pqp)