outubro 15, 2012

Porque é que os filhos crescem?

Porquê?
Para nos fazer ver que passa muito depressa a altura das fraldas, das noites mal dormidas, das cólicas, dos biberons a meio da noite, dos dentes e das dores que eles trazem, das primeiras sopas, das sopas projectadas para a nossa cara, roupa e restante cozinha, das gatinhadelas mal amanhadas, dos trambolhões antes de aprenderem a andar?
Para nos recordar do primeiro sorriso e dos muitos sorrisos que vêm a seguir?
Para nos lembrar aqueles refegos que formam as perninhas e os bracinhos, os banhos com meia casa de banho inundada, as primeiras palavras, as primeiras palminhas?

Porque se for para nos fazer lembrar isso tudo, eu não quero! Não quero pensar que tudo isso já passou e o tempo não volta para trás. Quero outra vez não dormir noites inteiras, ter dores quando eles têm, quero ter outra vez as minhas bebés ao colo e vê-las dormir sestas inteiras ao meu colo enquanto olho embevecida para elas, quero vê-las outra vez sem dentinhos e depois com um dentinho e depois com 3 e 4 e 5 e 6, e muitos...

E depois elas vão crescendo e passam por fases tão lindas como as que já passaram e cada dia ficam mais bonitas e espertas e inteligentes e engraçadas e, crescem, crescem, crescem e apesar de cada vez ficarem mais lindas, deixam saudades dos dias de pequeninas que já passaram...

Ontem desmontámos o berço da Sofia... da Sofia... a pulguinha que ainda ontem me nasceu cheia de cabelo preto e uma carinha rechonchudinha... já dorme numa cama grande e ontem desmanchámos o berço pequenino onde ele, pequenina, dormiu até agora.

E agora que já dorme na cama grande, vai crescer mais depressa, como se só estivesse à espera de uma cama grande para desatar a crescer muito depressa e deixar de ser a minha bebé que ainda ontem nasceu cheia de cabelo... preto...

Caramba... parem com isso! fiquem bebés até aos 75 anos, meninas! ao pé da mãe, ok?...

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