março 11, 2016

Sete dias na Tailândia, 10 horas no Dubai

Pessoal, isto vai ser longuinho, por isso, quem não estiver para se chatear e não gostar de filmes do Manoel de Oliveira, ide à vossa vidinha que eu não levo a mal.

Faz este fim de semana uma semana que chegámos de uma viagem de sonho.
A última vez que aqui vim, botar faladura, estava a fazer a dieta dos 30 dias sem açúcar e a sofrer que nem uma condenada e agora volto para vos contar como foram estes maravilhosos 7 dias na Tailândia e 10 horitas no Dubai. Isto serve, obviamente, para provar que quem fica 30 dias sem comer açúcar, acaba por ir parar à Tailândia e passar lá uns fabulosos 7 dias de sol, calor, paisagens maravilhosas, boa comida e descanso daquele mesmo de papo para o ar!
Imaginem quem ficar 3 a 6 meses sem comer açúcar… eu diria que estamos a falar de umas Maldivas, um Bora Bora, um Bali, umas Seycheles…
Pronto, mas indo agora ao que interessa: estas mini férias foram absolutamente divinas! Um intervalo no stress, no frio, e em pleno Fevereiro/Março, aqui a vossa Cristininha zarpa para a Tailândia, trocando os 9 graus de Portugal pelos 33 de Thai. Precious, my dears, precious.
A viagem é longa, mas viajámos na melhor companhia em que voei até hoje. A TAP que me perdoe mas a Emirates é, de facto, um espectáculo! O avião, topo de gama, montes de filmes e documentários excelentes para ver durante a viagem, o catering, magnífico, com direito a ementa e tudo – prato de carne, prato de peixe, sobremesa e bebida, um luxo. Ao longo da viagem, uns apetizers para a malta não começar a roer os assentos e quase no final de cada voo, mais uma refeiçãozinha ligeira para desembarcarmos aconchegadinhos. On top of that, um voucher oferecido pela Companhia para comermos no aeroporto durante a escala. Nota 10 para a Emirates ou não fosse a Emirates a companhia que patrocina o meu Benfica Glorioso. SLB! SLB! SLB! SLB! SLB!... peço desculpa…
Bom, na ida, uma pequena escala no Dubai para ver as montras e as Free shops que são de b-a-b-a-r!! Vale imenso a pena. No regresso viríamos a fazer novamente escala no Dubai mas de 10 horas e o plano seria visitar o Burj Khalifa, como aliás acabou por acontecer. Mas vamos com calma, lá chegaremos, na página 347 deste relato.
Chegados à Tailândia, o táxi do hotel já nos esperava. Super confortável, um monovolume, novinho em folha com A/C agradável – nem muito frio nem muito calor – e uma viagem de uma hora até ao hotel Hilton Phuket Arcadia Resort & Spa.
A previsão do tempo, segundo o que eu apurei um mês antes de partir, nas minhas incursões pelos sites de meteorologia, 35 vezes por dia, só para verificar se o tempo mudava muito de uma hora para a outra, era de cloudy with thunderstorms. Ia preocupada, afinal, o meu ideal de divertimento num país de praia não é apanhar com chuva e trovoada todo o santo dia, ou tempo enublado, sem que se veja o sol. Porque é muito bonito o calor e a humidade e tal, mas eu gosto mesmo é de solinho do bom. Sucede que tudo o que tinha visto no Accu Weather e no Weather e nos 1500 sites de meteorologia a que fui, revelou-se uma grande tanga. O tempo esteve SEMPRE excelente. Nem uma pinga de chuva, um sol esplendoroso, por vezes uma ligeira brisa que afastava os mosquitos (zero picadas) e era maravilhosamente agradável, noites épicas, com um céu estrelado e uma temperatura que provava que Deus existe e tem casa na Tailândia. Um cheirinho constante a flores e sempre, sempre, o som de pássaros do paraíso a cantar. Desagradabilíssimo, portanto.
O hotel era realmente 5 estrelas. Os colaboradores todos de uma simpatia que chegava a ser comovente sem nunca sentirmos que se estavam a fazer à gorjeta. A sério, não estavam mesmo. Eram simpáticos de forma natural e, como disse, quase comovente.
A parte que eu mais adoro nos hotéis é o pequeno almoço e o do nosso hotel não desiludiu. Era excelente, sempre tomado à beira de uma das 4 piscinas do hotel, que tinha uma cascata divina e que fazia dos pequenos almoços uma experiência idílica, daquelas para a qual nós nos transportamos sempre que nos pedem para pensarmos que estamos num sítio bonito e calmo.
O quarto era bonito e espaçoso, com duas portas que se abriam em par e que davam para a banheira enorme do WC. Ou seja, aquilo era coisinha para ser bastante sensual.
As piscinas… ai jesus… as piscinas… TODAS M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A-S. Rodeadas por uma vegetação luxuriante de palmeiras, árvores, flores, arbustos, relva, tudo o que possam imaginar de verde, e flores exóticas. Muito, muito tranquilas, com pouquíssimos hóspedes, porque com 4 piscinas, nunca nenhuma estava cheia, passei lá as horas mais zen da minha vida. O almoço era serviço lá, e depois, era dormir um pouco na espreguiçadeira, à sombra ou do chapéu ou das palmeiras, para depois ir dar mais um mergulhinho à praia, que ficava a 500 metros. Uma vida dura, portanto.
De manhã a rotina era: pequeno almoço com o homem, uma caminhada até à praia, um belo mergulho naquela água que nem chegava a refrescar porque era realmente quente, para além de cristalina, depois, apanhar um pouco de sol e ala que se faz tarde para a piscina. Da parte da tarde, um passeio pelas redondezas, esperar ansiosamente pelas 15 horas para poder ligar às nossas meninocas e matar um pouco as saudades das pulguinhas, idas ao mercado, fazer uma comprinhas, regatear com os feirantes e conseguir bons negócios – aqui o mérito é TODO do meu homem que parece que nasceu para isso.
À noite, jantar num dos restaurantes do Hotel (havia Tailandês, Italiano, ocidental, havia de tudo) e depois o descanso dos guerreiros – sim, porque, sobretudo eu, como devem calcular, estava morta de cansaço J
O meu companheiro de viagem, aka homem, esteve grande parte da estadia em trabalho, sim ele foi lá para trabalhar, só eu é que fui para a palhaçada mesmo, mas a partir de 5º feira, terminadas as reuniões de trabalho, pode finalmente descontrair, relaxar a aproveitar tudo o que de bom aquele paraíso tinha para oferecer.
Certo que no Domingo (nós chegámos sábado à noitinha) e enquanto não abriam as hostilidades profissionais, fomos logo na nossa 1ª excursão – andar de elefante! Foi maravilhoso, acreditem. Para já, são animais fabulosos e estar ao pé deles, é, como devem imaginar, totalmente diferente de os ver na TV ou mesmo no Zoo. São lindos, majestosos e meiguinhos. O nosso chauffer de elefante era um curtido, muito engraçado, completamente despreocupado e (ao contrário do que aconteceu com os outros turistas que também lá estavam) deixou-nos sair da cadeirinha e montar na cabeça do elefante. Uns fora da lei, portanto!! Mas foi tão divertido que, acreditem, quase fiz xixi na calcinha ao ver a cara de pavor do homem que tinha estado a ler o aviso à porta do parque onde estava escrito em letras garrafais que era estritamente proibido sair da cadeira. Nós fizemos melhor: para além de termos saído da cadeira, o bacano que conduzia o elefante, saiu do elefante para nos dar o seu lugar e para nos tirar fotografias, deixando-nos a nós – experts em condução de elefante desde tenra idade – a conduzir aquele bichinho de muitas toneladas. Eu ri muito!! Adorei cada segundo daquilo, adorei, adorei, adorei, ou não fosse eu a mulher das “regras existem para serem quebradas!” Já o Homem… acho que podem ver pela imagem.
Tivemos também a grande e única oportunidade de dar umas bananinhas a um elefante baby que era uma ternura, um doce, um doce, um doce. Não fosse ele propriedade daqueles senhores e vá, um pouco difícil de transportar e eu só queria trazê-lo para casa e fazer como aquela família de ciganos que tinha um burro em casa, na banheira. Um AMOR!
Ainda no capítulo “Vida Animal”, no nosso peúltimo dia de estadia em Thai tivemos a grande, grande felicidade de embarcar numa outra experiência que também nunca esquecerei – tivemos a oportunidade de estar junto de tigres e fazer-lhes festinhas, dar-lhes beijinhos, e interagir um pouco com eles. Acreditem, para uma animal lover como eu, isto é o pináculo da perfeição. Confesso que no primeiro tigre, estava muito emocionada, afinal não é todos os dias que podemos acariciar um animal daqueles, que ainda por cima é lindo de morrer. São macios, lindíssimos e, embora tenhamos que ter tido algumas precauções, claro, porque se tratam de animais selvagens, digo-vos, não sei se por estar muito emocionada ou se por pura e simplesmente nem ter pensado nisso, senti zero medo, já nos elefantes senti o mesmo. Eu acho que é porque tenho tanto, tanto amor por tudo o que seja bicharada e por saber que a bicharada sente quando estão em presença de alguém que lhes quer bem e que gosta genuinamente deles.  É claro que houve alturas em que pensei que poderia acontecer ter chegado à Tailândia com as duas mãozinhas e sair de lá maneta mas, isso pode acontecer a qualquer um, right?
No capítulo “vamos arriscar a vida num speed boat” outra das excursões que fizemos foi às famosas ilhas Phi Phi. Confesso que barcos, especialmente barcos que andam à maluca não é uma coisa que eu, vá… adore. No entanto, o barco era topo de gama, com 3 motorzões que metiam respeito. Foram D-U-A-S  H-O-R-A-S  aos solavancos e a ver a minha vidinha a andar para trás. Caraças, aquilo andava!!!!!
Mas valeu a pensa, só vos digo. Chegámos a um spot onde estavam vários outros barcos parados no meio do Mar Adaman (Maya Beach), com uma água linda de morrer. Ali era para fazer um pouco de snorkeling. Colocámos a máscara, mergulhámos e assim que pusemos a cabeça debaixo de água, um show de cor e movimento. Peixinhos de todas as cores, Nemos, Dorys, peixes papagaio a roer o coral, cardumes de peixinhos de todas as cores. Muito, muito lindo.
Fomos de seguida ver o local onde existem uns ninhos de andorinha lá todos XPTO e que foi bastante apreciado por todos. Eu, para ser honesta, não liguei nenhuma – a minha cena é mais praia e areia e isso.
Depois, visitámos a ilha principal onde há imenso comércio de rua e restaurantes e onde bebemos o melhor sumo de manga das nossas vidas – Ah, a fruta lá é toda absolutamente deliciosa! Foi muito engraçado porque a ilha é super típica e tem praia de um lado e do outro. A língua de areia que separa as duas praias percorre-se em meia hora.
Depois de visitarmos a ilha, era hora de voltar para o barco e fazer a viagem de volta que foi consideravelmente menos atribulada. O mar estava mais calminho e o pessoal vinha todo a dormir, eu incluída. Quem diria?
Com estas saídas todas tivemos também oportunidade de ver muito da cidade fora dos muros do resort. Fiquei muito surpreendida com a prosperidade que se nota. Nota-se uma certa “desorganização” e um pouco de falta de “limpeza” mas não vemos probreza. Os carros que vemos circular na estrada são quase todos novos e bons e IMENSAS motas.
O trânsito é caótico, como em qualquer país asiático que se preze. A noção de capacete é na grande maioria dos casos um conceito desconhecido e andam 3 e 4 pessoas por mota se for preciso. Quando digo 3 e 4 pessoas por mota, incluo crianças – sem capacete também. Numa das nossas saídas cheguei a ver um homem a conduzir uma moto com um bebé de meses ao colo. Uma mão segurava o guiador, a outra segurava o bebé.
Conduzem do lado direito e muitas vezes pensei que o nosso táxi ou autocarro iria embater de frente e de lado e de esquina com as milhentas motas que circulam por aquelas estradas e faleciamos ali todos num banho de sangue.
Outra coisa que se vê e que nos provoca arrepios na espinha são os fios elétricos nas ruas. Tendo em conta que aquela zona foi toda “varrida” em 2004 pelo tsunami e que não estão livres de lhes acontecer o mesmo a qualquer momento, e sabendo nós que água e electricidade são cenas que vá… não vão muito bem uma com a outra, conseguimos perceber o grau de descontracção daquela gente. Eu acho sinceramente que eles são felizes. Assim como assim, não é por pensarmos no pior que ele deixa de acontecer e assim, olha, a malta não pensa e vive feliz, que é coisa que nós, o pessoal chamado “desenvolvido” não faz lá muito bem.
No capítulo “Se vais a Roma tens que ver o Papa” claro que não podia faltar a massagem Tailandesa para fechar a estadia em grade beleza.
O hotel tem um SPA maravilhoso com quinhentas massagens tailandesas à escolha e todas com aspecto de quem nos vai fazer muito bem ao lombo. Chegando ao SPA, à hora marcada para a massagem, a malta é conduzida por entre vários bungalows onde se fazem as massagens com denominações como: Serenity Bungalow; Peace Bungalow, Hapiness Bungalow, por meio de um caminho de lages sobre um riacho, tudo rodeado de orquídeas, estatuas de deuses e vegetação luxuriante. Só ali é logo meia massagem que já levamos. Depois, chegados ao nosso bungalow,  lá nos deitamos nas marquesas e é “entregar pá Deus”. Muito bom, muito relaxante, as massagistas começam por nos lavar os pés, não haja ali um xulé a espreitar, depois conduzem-nos às marquesas e massajam todo o centímetro quadrado do nosso corpinho, perguntam-nos antes de começar se queremos soft, médium or strong. Eu, com os meus 50 kilos mal medidos não sou burra nem nada para pedir strong e fico-me por um medium. O homem, claro, El Macho, pede uma strong. Penso que ficámos os dos bem servidos e massajados em conformidade.
Depois, sentaram-nos num pátio com uma vista lindíssima e serviram-nos um chá de gengibre. Tudo maravilhoso. Experiência 5 estrelas.

O Dubai foi uma experiência tipo espeta e foge mas também não íamos com muita cabeça para grandes festarolas porque aterrámos às 4 e meia da manhã e já vínhamos com 6 horas de voo no bucho.
No entanto tenho algumas considerações a fazer, claro, que eu sou pessoa que tenho sempre uma consideração e toda uma opinião sobre os temas da humanidade.
Daquilo que vi (que foi pouco) o Dubai parece todo novo. Parece que aquilo foi acabado de construir há 10 minutos, O Centro Comercial do Burj Khalifa é enorme e com aquelas lojas de griffe que já tinha visto também na 5th Avenue. Um aquário gigante, estilo o nosso oceanário com milhares de peixes e mantas e tubarões e com a hipótese de entrarmos lá dentro nuns elevadores que eles têm dentro do aquário. Como lá chegámos cedissimo. estava fechado ainda. Mas foi giro só ver.
Depois chegou a hora de subirmos ao topo do Burj Khalifa. O elevador é um show! Quando começa a subir as luzes apagam-se e acontece um show de luzes que impressiona qualquer um.Os ouvidos começam a estalar e chega-se lá cima num abrir e fechar de olhos. Impressiona, sem dúvida.
Depois, uma vez lá em cima a vista é igualmente impressionante. Arranha céus, arranha céus, arranha céus. Muito gosta aquela malta de construir arranha céus.
Era hora de voltar ao aeroporto, no Metro que já nos tinha levado e que parece também que foi inaugurado há coisa de uma hora. Tudo limpíssimo e com aspecto de que estamos nós a "encetar" as cenas, tipo, quando se compra um chocolate e se abre a embalagem para comer.
Embarque para Lisboa e mais uma viagem óptima na Emirates para Lisboa. Chegar a casa e abraçar as filhotas - saudades, muitas.

Portanto, olhem, meus amigos, foi MARAVILHOSO. Props para o homem que volta e meia me leva nestas aventuras e que me proporciona estas escapadelas que fazem bem ao corpo e à alma.
Mas também... a vossa Cristininha merece, que também cá fica muita vez a tomar conta do forte e aguenta e não chora.
Seguem os retratos.


















































































































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