junho 18, 2012

E férias, não?

Agora o que me apetecia mesmo, mesmo, mas mesmo, era acordar amanhã e já ser dia de rumar ao Algarve para as nossas férias grandes anuais.
Como somos assim meio pelintras, nunca vamos para lado nenhum durante o ano, ou melhor, contam-se pelos dedos, as saídas para fins de semana fora que fazemos durante o ano.
Apostamos as nossas fichas todas nestas férias que marcamos com muuuuuuuiiita antecedência e aproveitamos ao máximo.
Este ano vai ser no Sotavento Algarvio, num hotel a walking distance da praia. Depois de vários anos seguidos a ir para Vilamoura, vamos experimentar um Algarve que gosto mais, com água mais quentinha e mais perto de uma praia para onde fui muitos anos seguidos na minha infância.
Em Vilamoura a praia era longe, implicava sempre carro, pôr as miúdas no carro, andar de carro, tirar as miúdas do carro, entrar no carro depois da praia, com o carro a escaldar... enfim, muito carro para o meu gosto.
Para além disso, em Vilamoura a água é fria, o areal não é grande e de perder de vista (não como o das praias do Sotavento Algarvio). O ano passado as férias correram menos bem e, confesso, Vilamoura não me traz boas recordações desde essa altura. Enfim, daqui a umas semaninhas, se Deus quiser, lá vamos nós, com o carro a abarrotar e cheios de vontade de mandar uns valentes mergulhos nas águas quentinhas da praia que escolhemos este ano.
Mas o chato disto tudo é que está a demorar muito para chegar o dia do começo das férias. Estou farta de trabalhar, quero férias, quero ficar de papo para o ar na praia até me fartar, quero estar com as meninas e o marido na praia, quero descansar, quero corar estas carnes que são coisa para já estar brancas acinzentadas. 
Serão 3 semanas de férias, 3 semanas de não fazer nada. Bem merecemos este descanso!!
O ano passado, quando chegámos a casa das nossas férias, tínhamos o congelador e frigorífico, desligados, um cheiro nauseabundo, duas gavetas de carne e uma de peixe totalmente podres e uma carga de trabalhos pela frente com um congelador e um frigorífico inteiros para esvaziar e limpar. Tudo, claro, com um cheirinho muito agradável pela casa toda, que se estendia até ao próprio patamar da escada. Imaginem como foi a limpeza, sempre a respirar pela boca, claro está! 
Coitados dos vizinhos... não sei quando é que rebentou o quadro e ficámos sem energia em casa e quando é que as coisas começaram a descongelar e a apodrecer mas a julgar pelo estado de putrefacção de tudo o que estava dentro do frigorífico e congelador, eu diria que foi logo no início das férias. Com o calorzinho de Julho, ui, ui, que coisa mai boa deve ter sido.
Curioso é que esta não foi a 1ª vez que isto aconteceu. Há 3 anos atrás, aconteceu-nos exactamente a mesma coisa, com a agravante de ter deixado o frigorífico CHEIO de pêssegos que o meu pai me tinha trazido da terra e que não consegui levar de férias. pensei: "se os deixar no frigo, eles conservam-se". E conservaram... mas com muito pêlo à mistura! Como é sabido, o pêssego é fruto que quando apodrece, ganha pêlo. Agora imaginem, uns 30, 40 pêssegos, fechados dentro de um frigorífico desligado, em pleno Julho, durante 2 semanas. Quando cheguei e abri o frigorífico, tive de "abrir caminho" com uma catana!
Portanto, já é a segunda vez que chegamos de férias com o equivalente a 2 camiões TIR de tralha para arrumar, com duas crianças cansadas e rabujas e com vontade de nos "amandarmos" para o sofá e bezerrar, e temos que, antes de tudo o mais, limpar um frigorífico inteiro de carne, peixe, e afins produtos que se guardam em frigoríficos, podres e malcheirosos.
A ver se este ano a coisa não volta a acontecer. Pelo sim, pelo não, vou deixar o bicho vazio e o quadro desligado.

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