julho 07, 2011

Toda a gente foi ver Coldplay… menos eu.

E quem diz Coldplay diz todo o cartaz de artistas que vêm a Portugal durante o ano inteiro! Acho que o último concerto que fui ver foi dos Beatles!!
Agora a sério: eu era menina para ter gostado de ir ver Coldplay. Sou menina para gostar de Festivais de Verão (razão pela qual nunca fui a um único, mas isso agora também não interessa nada). Quer dizer… nunca ter ido a um Festival de Verão, não é BEM assim… quando era miúda, papei todas as festas do Avante e até cheguei a dar um beijinho na boca a um rapazolas numa das festas, enquanto o Álvaro Cunhal discursava! Toma lá que não é para todos!
Mas o meu “malucómetro” no que diz respeito a concertos e assim nunca subiu muito mais que isto… o beijinho na boca ao rapaz em plena Festa do Avante, em todo um imaginário comuna.
Lembro-me de ter ido a concertos em Estádios! UAU!!! Grande doida! Antes do terramoto de 1755, mas fui. Lembro-me de ter ido ver Dire Straits (ganda loucura), de ter ido ver Brian Adams (2 vezes – numa clara alusão ao provérbio “Uma desgraça nunca vem só”), mas também me lembro de, pelo menos, dois concertos memoráveis: Tina Turner no Estádio do Restelo e Madonna (a minha Musa) na Bela Vista (menos memorável pelo ambiente, mais memorável pela Madonna).
Em ambos (Tina e Madonna) fomos para a porta do recinto, pelo menos, 12 horas antes, para garantir um lugar bem lá na frente. Da Tina consegui, embora a meio do concerto me tenha visto a braços com uma crise de rins que me impediu de gritar pelo saxofonista da Tina que era bem bom, mas da Madonna (a minha musa) foi coisa para ser tempo perdido aquele que passei sentada no alcatrão à porta do Parque da Bela Vista. De facto, fomos dos primeiros a entrar, mas depois, ainda hoje estou para saber como, vimo-nos rodeados por uma coluna espessa de gente que apertava, empurrava, encostava, passava à má fila para a nossa frente, e coisas do género.
Dei por mim então, a 3 horas de começar o concerto, em pé, apertada e espremida, sem me poder mexer porque senão caía para cima do pessoal que estava sentado em círculo no chão mesmo em cima dos meus pés, e já com 12 horas no buxo de espera fora do recinto. Foi muito agradável.
Quando o concerto começou, estava 3 ou 4 metros mais atrás do que quando entrei (fui sendo gentilmente empurrada para trás por pessoal que se alambazava sem pedir licença a ninguém) e passei o concerto quase todo sem poder abanar o esqueleto ao som das músicas da minha diva, já para não falar que estava prestes a falecer de cansaço. Ah, e também não vi lá grande coisa, porque à minha frente tinha milhões de bracinhos a segurar telemóveis que, furiosamente, fotografavam e filmavam o concerto. Foi uma coisa esperta.
E pronto, a minha história de concertos é basicamente esta. Não é coisa que irei contar aos netos com pompa e circunstância mas posso orgulhar-me de ter tido a Tina Turner a centímetros da minha pessoa a dar-me o microfone para cantar com ela e de ter aparecido no ecran gigante do Restelo – e isso, my friends, é para MUITO poucos.
Acho que só por causa disso, já não estou tão chateada de não ter ido ver Coldplay!

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