julho 06, 2011

Sabemos que estamos a precisar muito de férias (atenção, eu disse “férias”, não disse “feriazinhas”, daquelas paneleiradas de uma semana ou 3 dias, ou coisa que o valha, férias, a sério, de, no mínimo, 3 semanas seguidas), quando começamos a acordar às 5 da manhã, já em grande stress que as 7:30 cheguem, porque isso significa que temos que ir para o duche, vestir, preparar as crianças, dar pequenos almoços, dar atenção às crianças, levar a miúda ao colégio, e arrancar para o escritório.
Sabemos que estamos a precisar MUITO de férias quando entramos em depressão profunda ao chegar ao escritório e realizamos que temos efectivamente que trabalhar, algo que me “enfada” profundamente (cada vez mais).
Sabemos que estamos a precisar MESMO MUITO de férias quando nos olhamos ao espelho e vemos que a nossa tez atingiu níveis históricos de uma tonalidade cinzento-esverdeada e que por mais pó da saúde, anti-cernes, rímel, e coisas afins que ponhamos na fronha, a tonalidade vai continuar aquela quer tenha acabado de acordar, quer tenha chegado ao fim do dia.
Por fim, sabemos que estamos a precisar de férias como de pãozinho para a boca, quando temos o armário cheio de roupa e tudo o que vestimos parece-nos que saiu da desinfecção e que nos assenta tão bem ou melhor que uma saca de serapilheira em dias maus.
Mas o pior não é chegarmos à conclusão de que precisamos muito de férias. O pior é as “bichas” não chegarem nunca, apesar de querermos muito que elas cheguem.
Isto da vida devia ser assim: nós queremos e as coisas acontecem. Agora quero que amanhã, quando acordar, seja já dia de meter as miúdas e o marido no carro e arrancar para a casa de férias no Algarve. As malas deverão estar feitas, a bagageira do carro carregada, eu, LINDA de cair para o lado com uma toilette BCBG, e as meninas e o marido, igualmente resplandecentes.Depois de lá chegados, quero que faça sempre bom tempo, que as miúdas até se portem bem (e que se divirtam muito) e quero conseguir descansar. E quando digo descansar, quero dizer, apanhar altos banhos de sol, dar grandes mergulhaças na piscina, valorizar as carnes com um belo bronzeado, deitar na espreguiçadeira a ler revistas da tanga ou um livro giro, ir dar umas voltinhas na praia com o marido, olhar para as meninas e vê-las felizes, divertidas, etc, etc, etc. 
Isso para mim, será descansar. Não preciso de vida nocturna para me divertir, tipo sair à noite e ir para grandes rambóias… aliás, eu, inclusive, já nem sei o que a palavra rambóia significa… acho que é um prato qualquer, com babatinhas a murro.
Só precisava mesmo era de descansar, de acabar as duas semanas que nos esperam de praia e sentir que retemperei energias, que estou pronta para a “luta”. Porque, meus amigos, cheira-me que vem aí chumbo grosso nos próximos tempos, com postos de trabalho em risco, com resultados das empresas a descer, com exigências por parte das empresas aos seus colaboradores… espera aí… como é que eu começo este post a falar de férias e dou por mim a falar de trabalho e da crise?
Tá tudo maluco!

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