abril 12, 2016

Amor canino

Agora tenho um cão! Um cão não, uma cadela, se faz favor, vamos ser específicos senão ainda me entram as Marias Capazes pela casa adentro, todas nuas a queimar soutiens a acusar-me de discriminação e nós não queremos isso, pois não? Não.

Bom, estava eu a dizer que agora tenho uma cadela. A bicha aterrou aqui em casa faz agora 8 meses, mais coisa menos coisa e é a 1ª vez que vos falo dela aqui na tasca. Isto porque, tenho andado muito ocupada a apanhar o pêlo que ela deixa pela casa, nas minhas roupas e... basicamente por todo o lado onde passa. Também tenho andado muito atarefada a guardar tudo o que são meias, soquetes, collants, mini meias, e toda a restante família do peúgame. Ao que parece a bicha tem paixão por esta peça de vestuário e por mais que se lhe diga que NÃO (neste mesmo tom), ela não desiste de apanhar tudo o que se assemelhe a uma meia.
Temos andado também muito empenhados em levá-la à rua 457823345 vezes por dia, para que não se alivie em casa. A parte boa - já não come cocó. Sim, ela gosta de comer cocó e se bem que já não o faz com o seu próprio cocó, volta e meia, nos passeios onde supostamente ela vai para deixar lá o cocó, ela entende que se deixa, tem que compensar, e então come uns cocós alheios quando estamos distraídos.
É também uma bicha que nasceu para comer. Se a alimentássemos sempre que ela demonstra que está com fome, em vez de uma canídea tínhamos já a viver connosco um paquiderme.
É uma criatura que pouco ou nada dorme. Faz-me lembrar quando tive as minhas filhas e que as punha a dormir durante a tarde, na esperança que elas dormissem alguma coisa... para depois perceber que elas dormiam meia hora (já com muita sorte) para acordarem cheias de pica e a quererem sempre alguma coisa.No caso das filhas era mama ou biberon, mas, pronto, eram coisas que se faziam em casa, no caso desta é ir à rua, ou, se a deixarmos, comer meias, subir para cima da mesa da cozinha ou pedir que brinquemos com ela a um jogo qualquer que implique mandar objectos que ela vai buscar toda contente, como se o mundo se resumisse só aquilo e tentar depois tirar da nossa mão, muitas das vezes mordendo-nos a mão, com a excitação da brincadeira.
A Bali, é assim que se chama a nossa cadela, não - se - cansa - nunca. Se nós a levarmos para correr 10 Km, ela core 10 km e quando chega a casa quer brincar!
E se ainda não estão a chorar baba e ranho de pena nossa, deixem-me contar-vos mais uma: ela acorda to-dos- os- di-as às 07:30 da manha, faça chuva ou fala sol, seja primavera, verão ou inverno. Quer o quê? Comer. E depois ir à rua, claro.
A Bali também não é menina para ser deixada sozinha em momento algum. Se ela ficar sozinha durante 1 segundo, ela comerá qualquer coisa que não é suposto, poderá talvez subir para cima de uma mesa (a raça da bicha parece que é arraçada de canguru) ou, em dias maus, mijar um lago Michigan, na cozinha.
Isto faz com que, sempre que ela está fora da cozinha, tenha que estar sempre  alguém a olhar por ela.
Resumindo, tudo o que é proibido fazer, confiem na Bali que ela faz!
A Bali é uma Beagle.
Só me apetece "estrafegá-la" com beijos!


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